Prevista para esta sexta-feira (30), a nova greve geral organizada pelas centrais sindicais no país é classificada pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) como "manobra de trabalhadores privilegiados". Segundo Heitor José Müller, os grevistas "dispõem de tempo" porque têm "estabilidade no emprego em funções do setor público ou por serem dirigentes de sindicatos protegidos pela legislação vigente".
O presidente da Fiergs diz que o movimento é "inoportuno quando lamentavelmente existem no país mais de 14 milhões de pessoas desempregadas".
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– Se quisermos ajudar a mudar o país, temos que olhar criticamente para o ressurgimento do grevismo de minorias e compará-lo às mobilizações legítimas baseadas na liberdade de expressão que são realizadas aos domingos, sem atrapalhar a circulação de pessoas – declarou o líder empresarial.
As centrais sindicais argumentam que o país não pode permitir o avanço das reformas trabalhista e da Previdência.
A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul) também divulgou nota oficial, definindo como "inoportuna" a greve geral marcada para esta esta sexta-feira (30). A entidade lamenta a decisão dos sindicatos e sustenta que a paralisação impacta negativamente na economia. "Sem as reformas, o país não prospera", declarou a presidente da Federasul, Simone Leite.