A médica Haydée Marques, que teria se negado a atender Breno Rodrigues Duarte da Silva, de um ano e meio, na semana passada, foi à 16ªDP, na Barra da Tijuca (RJ), na manhã desta segunda-feira (12), para falar sobre o caso. O bebê, que tinha problemas neurológicos, passou mal e precisava de uma ambulância para ser transportado ao hospital. Breno acabou morrendo uma hora e meia após a recusa de atendimento. As informações são do G1.
Na manhã desta segunda, Haydée se negou a falar com a imprensa. Em entrevista ao Jornal Extra, publicada no domingo (11), a médica afirmou que, em sua visão, ela não negou o atendimento.
– Isso não foi omissão de socorro, já que não era um caso grave. O menino não faleceu imediatamente, morreu só depois de uma hora e meia. Eu não sou pediatra e nem neurologista e se tratava de uma criança muito pequena com quadro neurológico. Sem falar que eu estava muito estressada e sem condições psicológicas para atender. Naquele dia, eu nem ia para o plantão – justificou ela.
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Conforme o advogado da família do menino, os pais de Breno entrarão com um processo contra a médica Haydée Marques, contra o plano de saúde Unimed e contra a Cuidar, terceirizada que faz o serviço de ambulância.
Vídeos de câmeras de segurança do local onde a criança morava apontam que a ambulância da empresa Cuidar chegou às 9h10min. Porém, a médica, que aparece gesticulando e rasgando papéis, não desceu do veículo. O carro foi embora três minutos depois, sem ninguém ter prestado atendimento. Breno morreu às 10h26min, antes que a segunda ambulância chegasse ao endereço.
Conforme o G1, depois que a notícia se tornou pública, outros casos apareceram, como o do paciente Leonel Martins. Ele respirava com ajuda de aparelhos e precisou ser levado de ambulância para realizar um exame de ultrassonografia. A médica encarregada era Haydée. Ao site, a família do menino disse que ela foi negligente. A médica tem ainda uma anotação criminal por agredir uma paciente, em 2010.
*Zero Hora