Correção: entre 17h25min de 31/05/2017 e 18h40min de 23/06/2017, o texto citava que Marcelo Ferreira, 25 anos, havia sido preso. Na verdade, segundo o advogado Jairo Melo, o jovem foi encaminhado à delegacia de polícia para prestar esclarecimentos. Após essa fase, ele foi indiciado por prestar falso testemunho e furto. A informação foi corrigida.
Marcelo Ferreira, 25 anos, amigo do estudante de psicologia Bruno Borges, morador de Rio Branco, no Acre, desaparecido desde 27 de março deste ano, foi indiciado por prestar falso testemunho à Polícia Civil e por furto. Na casa do detido, foram encontrados uma porção de maconha e contratos, onde Bruno destina parte da venda de livros para Marcelo e outras duas pessoas. O jovem foi encaminhado à delegacia de polícia, onde teve que prestar depoimento.
Móveis de Bruno foram encontrados na casa de Mário Gaiote, outro amigo do desaparecido. No entendimento da polícia, o crime é caracterizado pela omissão dessa informação em depoimento. Marcelo deve prestar novos esclarecimentos às autoridades. As informações são do site G1.
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Na época do registro do desaparecimento, a polícia encontrou no quarto do estudante apenas 14 livros criptografados e uma estátua de dois metros do filósofo Giordano Bruno(1548-1560), condenado à morte na fogueira pela inquisição romana por heresia. Nas paredes do recinto, também foram encontradas outras mensagens criptografadas.
O delegado responsável pelo caso disse que os contratos reforçam a tese de que o sumiço do estudante foi planejado. Nos documentos, está registrada a divisão dos lucros da venda das publicações entre Bruno e os amigos.
Em sua conta oficial no Facebook, a irmã de Bruno, Gabriela Borges, informou que a família do estudante sabia da existência dos contratos. Conforme Gabriela, os documentos "nunca disseram muita coisa" em relação ao desaparecimento do irmão. No post, ela também defende a existência do acordo, por escrito, para "ajudar amigos que o ajudaram" – que seria uma recompensa pelo trabalho em conjunto.