Após dois anos do desaparecimento da professora universitária Cláudia Hartleben, em Pelotas, o Ministério Público tem expectativa de desdobramentos no caso. Através de informações repassadas à Promotoria de Justiça, uma nova testemunha será ouvida nos próximos dias. A pessoa, que não mora em Pelotas, será inquirida em uma cidade próxima, segundo o promotor José Olavo Passos.
O desaparecimento da professora completou 24 meses no último domingo (9). Além do depoimento, entre as movimentações no caso, segundo Passos, documentos da professora foram requisitados, assim como a perícia em uma ossada humana. Os ossos foram encontrados em uma floresta de pinus, a 25 quilômetros do navio encalhado Altair, na Praia do Cassino, em Rio Grande.
“Nestes dois anos, nunca deixamos de buscar informações. Queremos solucioná-lo”, afirmou o promotor.
Em dezembro de 2015, o Ministério Público de Pelotas denunciou por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e feminicídio o ex-marido da docente, João Morato Fernandes, e o filho do casal, João Félix. A Justiça rejeitou a denúncia. A Promotoria recorreu e a Justiça negou, em dezembro de 2016, o recurso apresentado pelo MP contra os dois.
Cláudia lecionava biotecnologia na UFPel. No dia em que desapareceu, ela jantou com uma amiga e teria ido para casa. Hoje, amigos, alunos e colegas se reúnem no campus da universidade para homenageá-la. Um laboratório receberá o nome da professora e uma árvore será plantada no campus.