Funcionários do Departamento Médico Legal (DML) de Caxias do Sul vão depor à Corregedoria do Instituto Geral de Perícias (IGP) a partir da próxima semana sobre a troca de corpos ocorrida no final do mês passado. Uma sindicância foi aberta para investigar o caso descoberto pela família durante o velório de Laudenir de Oliveira Gomes, 25 anos, em Jaquirana. No lugar do jovem, eles estavam velando, na verdade, o corpo de Valdir Dalegrave, 62 anos. O erro foi descoberto na madrugada de 25 de março, porque os familiares sentiram um cheiro forte do caixão lacrado que estava prestes a romper. As informações são da Gaúcha Serra.
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No dia 30 de março, a abertura da sindicância para apurar o caso foi publicada no Diário Oficial do Estado. A contar de 31 de março, a Corregedoria tem prazo de 30 dias úteis com possibilidade de prorrogação por outros 30 dias úteis para encerrar a investigação. Até agora, segundo o Corregedor Geral do IGP, André Luiz Martinelli, a apuração se concentrou em acesso à documentação, como os registros de entrada e saída dos corpos.
Nesta quinta-feira, a Câmara de Vereadores de Caxias aprovou um pedido de informações sobre o caso. O documento solicita dados como o número de funcionários do DML, o quadro ideal de servidores e se existe previsão para ampliação de pessoal no município. O perito chefe do DML, Airton Kraemer, disse que a falta de pessoal pode ter gerado a troca de corpos. Segundo ele, cinco peritos trabalham na cidade enquanto o ideal seria o dobro.