Enquanto a Secretaria de Recursos Humanos e Logística tenta apressar a contratação de 22 médicos temporários e a nomeação de oito médicos aprovados em concurso, os médicos que atendem nas unidades básicas de saúde (UBSs) e no Centro Especializado de Saúde (CES) prometem paralisar as atividades a partir desta segundas-feira e até a próxima sexta-feira. O prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra, já anunciou que o município tem condições de chamar outros 70 novos profissionais, se necessário.A nova paralisação foi decidida em assembleia na semana passada.
Liderados pelo Sindicato dos Médicos, os profissionais não querem bater cartão-ponto e cumprir a carga horária sem aumento de salário. Serão mantidas as urgências e emergências no Postão e os serviços da Estratégia Saúde da Família. Ainda há dúvida sobre quantos médicos deixarão de comparecer ao trabalho. Uma estimativa do sindicato é de que ao menos 70% dos 180 profissionais que hoje não batem cartão paralisem o trabalho. Os demais, cerca de 160, já cumprem a jornada no Postão e na Estratégia Saúde da Família e não devem participar da mobilização.Por conta disso, a Secretaria Municipal da Saúde colocará em prática um plano de contingência para avaliar transtornos nas UBSs.
Uma equipe avaliará pacientes nos locais onde não houver médicos ao longo da semana. Os casos de urgência ou emergência serão encaminhados ao Pronto-Atendimento 24 horas (Postão). Os hospitais Pompéia e Geral darão suporte nas áreas de obstetrícia e pediatria. Consultas agendadas nesta semana no Centro Especializado de Saúde (CES) serão reagendadas. A mesma medida será adotada no Centro de Atenção Integral à Saúde Mental (CAIS Mental) e nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). O Samu também estará de prontidão para o transporte de doentes de emergência ao Postão.