O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), que passou por cirurgia para retirada da próstata na segunda-feira, foi transferido para um dos quartos do Hospital Moinhos de Vento nesta quarta-feira. Conforme boletim médico divulgado pela instituição, Padilha segue em recuperação "dentro da normalidade", mas ainda não há previsão de alta.
Leia mais:
Com licença de Padilha, Temer assume negociação de reformas no Congresso
Cirurgia de retirada de próstata de Eliseu Padilha é bem-sucedida
Amigo de Temer, Yunes diz ter intermediado "envelope" em nome de Padilha
Inicialmente, a volta de Padilha ao comando da pasta estava prevista para a próxima segunda-feira, mas como o ministro segue internado e sem previsão de saída da casa de saúde, não está descartada a ampliação de sua licença do cargo.
A assessoria de comunicação de Padilha afirmou que o ministro quer voltar aos trabalhos ainda no dia 6 de março, data que segue sendo oficial, mas que a decisão não depende só dele, mas também da orientação médica. Ainda segundo a assessoria, recomendações dos médicos e o tempo de recuperação do ministro poderão influenciar em um possível adiamento do retorno do peemedebista ao posto.
A próstata de Padilha foi retirada por meio de corte no abdômen, em procedimento do urologista Claudio Telöken. Como o órgão apresentava aumento em seu tamanho, não foi possível fazer a remoção por meio de videolaparoscopia. Segundo o hospital, a cirurgia foi bem-sucedida e sem complicações.
O futuro de Padilha em Brasília segue incerto desde que o nome do ministro foi citado em depoimento do assessor e amigo pessoal de Temer, José Yunes, que afirmou ter intermediado o recebimento e a entrega de um "envelope" para Padilha.
A encomenda teria sido entregue em setembro de 2014 pelo doleiro Lúcio Funaro, apontado na Lava-Jato como operador do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha.
No fim de semana, Yunes disse que a força-tarefa da Lava-Jato precisa interrogar o ministro e que aceita acareação "com quem quer que seja".
Nesta quarta-feira, Funaro pediu para depor sobre entrega de "pacote" a Yunes. A defesa do doleiro afirmou que fatos foram distorcidos no depoimento prestado pelo assessor especial de Temer e colocam o cliente à disposição, inclusive, para realizar acareação.
*Zero Hora com informações de agências