O Ministério da Educação (MEC) arquivou um processo administrativo disciplinar movido por meio de uma representação feita pelo ex-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Paulo Jorge Sarkis contra outros ex-reitores. Sarkis, que é um dos réus condenados na Operação Rodin, solicitou ao MEC a abertura do processo para apurar supostas irregularidades na instituição. As informações são da Rádio Gaúcha.
O objeto do processo, movido por Sarkis, tinha como alvo Clovis Lima, ex-reitor da UFSM, e Felipe Müller, então vice-reitor. Os dois comandaram a instituição entre 2005 e 2009.
Leia mais:
Advogado é absolvido pelo TRF4 em processo da Operação Rodin
TRF4 condena 22 réus da Operação Rodin
Sarkis alegou que Lima e Müller teriam sonegado informações e documentos ao Ministério Público Federal (MPF) referentes aos contratos e convênios entre a Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), durante a deflagração da Operação Rodin, em 2007. À época, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal desarticularam um esquema de corrupção milionário que lesou o Detran com a atuação de fundações ligadas à UFSM e empresas “laranjas”.
Sarkis também sustentou que, tanto Lima quanto Müller, fizeram denúncias contra ele com o objetivo de prejudicar sua imagem. O ex-reitor trouxe na denúncia, a respeito de um comitê gestor da Fatec – com o objetivo de controlar o contrato entre a fundação e o Detran – que não teria atendido às normas regulamentares.
Ao fim do processo administrativo, o MEC entendeu que Clóvis Lima e Felipe Müller deveriam ser absolvidos do processo administrativo disciplinar “por falta de provas de suas culpabilidades”. A decisão do MEC foi publicada no último dia 14, no Diário Oficial da União.