O enredo de 2016 se repetiu, neste ano, em Santa Maria: não haverá Carnaval de Rua na maior cidade da Região Central. A Associação Aliança pelo Samba, que reúne as oito entidades carnavalescas do município, comunicou que não há condições de realizar a festividade. Com essa situação, Santa Maria deixa de ter pelo segundo ano consecutivo a festa do momo, que ocorreria entre os dias 29 de março e 1º e 2 de abril.
O presidente da Associação Aliança pelo Samba, Leonardo Ribeiro, destaca que o pouco tempo para a captação de recursos junto à iniciativa privada e a impossibilidade de aporte financeiro da prefeitura inviabilizaram a realização do Carnaval.
O carnavalesco destaca que entre se fazer uma festividade improvisada e com risco de comprometer o espetáculo, então, se optou pelo cancelamento. A associação havia apresentado à prefeitura que seriam necessários R$ 767 mil para o espetáculo – entre inafrestrutura e repasse às escolas de samba.
O prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) vinha repetindo, por reiteradas vezes, que não haveria a mínima chance de repasse de dinheiro público. O político, inclusive, tem dito que esses pouco mais de R$ 700 mil serão utilizados para a reforma do posto de saúde da Santa Marta, na região oeste. A prefeitura ofereceria apenas a infraestrutura na Avenida Liberdade, onde estava previsto ocorrer os desfiles.
O entendimento entre as partes, no momento, é que, a partir de agora, se trabalhará para viabilizar o Carnaval em 2018. A ideia é que o espetáculo seja retomado com “a grandiosidade de sempre”, afirmam ambos os lados.
No ano passado, a gestão do então prefeito Cezar Schirmer (PMDB) também cancelou o Carnaval. À época, ele alegou que a realização do evento poderia comprometer áreas essenciais da administração pública. E, ao todo, o governo vetou a verba de R$ 1 milhão entre infraestrutura e repasse às escolas.
