Duas colisões duplas, registradas em menos de 24 horas, deixaram 11 mortos no Rio Grande do Sul. Um acidente foi na Metade Norte do Estado, próximo à fronteira da Argentina. O outro desastre foi na Metade Sul, em Pelotas.
O acidente com maior número de mortes foi uma colisão entre um Siena e uma Parati, que deixou seis mortos na manhã deste domingo na BR-285, entre os municípios de Santo Antônio das Missões e São Luiz Gonzaga. De acordo com a Polícia Civil, que investiga o caso, cinco dos mortos eram ocupantes da Parati: o motorista, identificado como Fabiano Irassoque Brum, 33 anos; Gisele de Oliveira Correia, 29 anos; Fabiano Ariel Correia Brum, oito meses; Gilson Irassoque Brum, 44 anos; e Rosalina Alvaraz Charão, 46 anos. Eles eram de São Luiz Gonzaga. O bebê não estava na cadeirinha obrigatória.
Já do Siena, com placas de Goioerê (PR), morreu o motorista, Vladinis Oliveira Miranda, 28 anos.Vladinis, morador de Santo Antônio das Missões, era veterinário e há poucas semanas tinha assumido posto como oficial do Exército. Era especialista em reprodução animal e filho de um conhecido fazendeiro da região, especializado em criação de ovinos.
Dois sobreviventes foram atendidos no Hospital de Caridade de São Luiz Gonzaga. Valeria Correia da Rosa, de 13 anos, que estava na Parati, foi submetida a cirurgia devido a fraturas. Igor de Santis Moraes, 30 anos, que estava no Siena, teve ferimentos leves.
Caminhão e carro em Pelotas
O outro acidente aconteceu nas proximidades de Pelotas, sábado de manhã. Uma colisão frontal entre um carro e uma carreta, com batidas secundárias em outros caminhões, deixou cinco mortos e dois feridos na BR-116, no sul do Estado. Os feridos foram resgatados das ferragens pelas equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros e encaminhados ao Pronto Socorro de Pelotas.
O acidente ocorreu na altura do km 495, na localidade de Corrientes. De acordo com relatos colhidos no local pela PRF, o choque teria acontecido quando o carro, um Pointer, realizava uma ultrapassagem sobre uma fila de quatro caminhões. O veículo e uma carreta bateram e, depois, colidiram nos outros caminhões. No local são permitidas ultrapassagens.
Ainda segundo a PRF, os três ocupantes do Pointer morreram. São eles o condutor, Saul Peres Figueira, 64 anos; a esposa, Diomi Oliveira Figueira, 60 anos, que morreu no hospital; e a filha do casal, Anita Silvane Oliveira Figueira, 36 anos. Dos ocupantes da carreta morreram o condutor, Diovani Rosa da Silva, 28 anos, e seu filho de nove meses, Gabriel Maciel da Silva. A outra filha de Diovani, Ana Clara Maciel da Silva, de quatro anos, teve lesões graves mas não corre risco de morrer. A esposa do condutor, Ana Carolina Maciel da Silva, já foi atendida e liberada.
Dois dos caminhões tinham carga perigosa (óleo diesel e GLV), o que dificultou as operações no local do acidente. O trânsito na BR-116 ficou em uma só pista e lento, por várias horas.
Ainda não há confirmação sobre as causas da colisão, mas a PRF diz que, em princípio, foi ultrapassagem perigosa. O delegado da Polícia Civil Robertho Peternelli, responsável pelo caso, suspeita que o motorista do Pointer tenha sido o maior responsável pelo acidente, porque tentava ultrapassar quatro veículos em sequência.
O chefe de policiamento da PRF em Pelotas, Fabiano Goia, acredita que também as más condições da BR-116 são fator que têm causado acidentes na região. A duplicação da rodovia é um projeto antigo, mas que ali ainda não se concretizou.
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