Agentes da Polícia Federal e integrantes do Ministério Público Federal realizam uma operação para cumprir nove mandados de prisão, quatro conduções coercitiva e 22 de busca e apreensão durante a manhã desta quinta-feira, em um desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro.
Batizada Operação Eficiência, ela tem, entre os principais alvos, o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX. Agêntes passaram a manhã na casa do empresário para prendê-lo preventivamente. Por volta das 6h40min, o advogado Fernando Martins chegou à residência e informou que o cliente não está no Brasil, mas garantiu que vai se entregar à polícia.
Segundo a Polícia Federal, que mobiliza 80 agentes na ação, a Operação Eficiência apura crimes de lavagem de dinheiro com ocultação de US$ 100 milhões no Exterior – boa parte dos valores já teria sido repatriada. A investigação dá sequência à Operação Calicute, que prendeu em novembro o ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB) sob acusação de comandar um esquema de corrupção em obras públicas durante seu governo (janeiro de 2007 a abril de 2014).
A Operação Eficiência descobriu que o empresário pagou propina de US$ 16,5 milhões para Cabral por meio da conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. O ex-governador, que está detido em complexo penitenciário de Bangu, é também alvo de novo mandado de prisão, assim como Wilson Carlos e Carlos Miranda, que também estão presos.
Vice-presidente de futebol do Flamengo, Flávio Godinho foi detido nesta quinta-feira. Todos os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
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A PF ainda tenta cumprir também outros cinco mandados de prisão e quatro de condução coercitiva. Segundo as investigações, as pessoas que devem ser conduzidas coercitivamente até a sede da Polícia Federal do Rio seriam beneficiárias do esquema de corrupção. Esse é o terceiro mandado de prisão preventiva expedido contra Sérgio Cabral, Wilson Carlos e Carlos Miranda.
Os agentes também tentam cumprir mandados de condução coercitiva contra Maurício de Oliveira Cabral Santos, irmão do ex-governador, e Suzana Neves Cabral, ex-mulher de Sérgio Cabral.
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