Eu tenho uma visão muito pessoal sobre a escala de valores da vida. Acho estranho quando alguns colocam a vida dos animais acima da vida de pessoas. Sei que muitos discordam, mas a fome de um cachorro na rua, para mim, sempre será menos importante do que a fome de uma criança. Mas isso não quer dizer que a dor dos animais não me deixe triste, pelo contrário.
Nesta semana, tive a tristeza de ver, na rua onde moro, uma cachorrinha de rua com um furo de bala na cabeça. Ela ainda estava viva e tentando ficar de pé, mas como o ferimento já estava inflamado, moscas e outros bichos entravam e saíam. Ela estava arisca e mal deixava chegar perto. Eu e minha família conseguimos dar água e comida. Liguei para o 156, da prefeitura de Porto Alegre, na opção 9, e me disseram que não recolhiam animais nessas condições. Quem liga deve levar o animal até a Lomba do Pinheiro, ou seja, se não tem como levar, deixa morrer, o que, para mim, é um absurdo. Fiz o cadastro e estou tentando localizar a cachorra, que espero que esteja viva.
Respeito
Depois de comentar o assunto com alguns vizinhos, me contaram que bandidos armados estavam praticando tiro ao alvo com o pobre animal e, talvez, tenha sido neste momento que ele foi atingido.
O pior foi me dizerem que isso tem se tornado comum nas periferias. Fico pensando o que se passa na cabeça de um imbecil que resolve dar tiros em um animal indefeso. Alguns animais são muito mais humanos do que certos bípedes que ficam fazendo esse tipo de barbárie. Mesmo tendo esta visão que já descrevi, esses seres humaninhos de quatro patas merecem nosso carinho ou, no mínimo, o respeito de um ser vivo. Se tiver mais notícias da cachorrinha baleada, aviso vocês. Peço ao prefeito que não acabe com o serviço da Seda, pois é de extrema importância.