Horas após a queda do avião bimotor na costa de Paraty, no Rio de Janeiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) investiga as causas do acidente que vitimou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Testemunhas ouvidas pela GloboNews afirmaram que a aeronave enfrentava condições climáticas severas.
Lauro Koehler estava a bordo de um pequeno barco na baía de Paraty quando presenciou a queda da aeronave. Segundo ele, apesar da chuva forte, não ventava na região.
– Estava chovendo demais no momento, a visibilidade era zero. De repente, vimos um avião passando perto da gente, que começou a fazer uma curva de 180 graus. Ia em direção ao aeroporto e começou a voltar. Foi ficando inclinado, a ponto da minha esposa gritar "Esse avião vai cair!" – relata Lauro.
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A testemunha especula que, pela inclinação da aeronave, o piloto estivesse tentando desviar de um morro nas proximidades.
– Tínhamos a sensação de que ele ia cair, mesmo antes do acidente. O avião bateu com a asa direita no mar. Levantou uma coluna d'água de uns 50 metros. Fomos até lá, mas sem nenhum equipamento. O rapaz do barco chamou as autoridades pelo rádio. Tentaram levantar o avião e descobriram que tinha uma mulher viva. Se esforçaram para abrir a aeronave para tirá-la, mas ela não resistiu, escorregou para o fundo do avião. Sem dúvida, foi um choque.
Também ouvida pela GloboNews, Thais Martins afirmou que estava em um passeio de barco pela região e presenciou uma tempestade de raios momentos antes da queda do avião. Segundo Thais, muitas embarcações retornaram à costa devido ao mau tempo.
De acordo com o relato das testemunhas, pessoas que estavam em embarcações pela região tentaram auxiliar e impedir que os destroços afundassem. Uma escuna com turistas se envolveu no resgate, mas começou a tombar devido ao peso do avião.
Um dos homens que estava em uma das embarcações e ajudou no resgate contou que viu a mão de uma mulher, a única dos passageiros que gritava por socorro. As pessoas que trabalhavam no local tentaram colocar uma mangueira para que a vítima recebesse oxigênio, mas não foi possível salvá-la. Segundo o entrevistado, não houve incêndio, mas havia muito combustível derramado.