O relator do processo que apura as supostas irregularidades apontadas pelo vereador Jó Arse (PDT) no gabinete do vereador Daniel Guerra (PRB) na Câmara de Caxias, disse que as imagens apontadas na denúncia e na defesa não são suficientes para concluir se o assessor de Guerra, Heron Fagundes, comparecia ou não ao trabalho.
Conforme o vereador Rodrigo Beltrão (PT), não é a presença nos corredores da casa que vai determinar, por si só, se um assessor trabalha ou não, já que há necessidade de trabalho externo. O relatório será apresentado às 14h à Subcomissão de Ética da Câmara em reunião aberta ao público. De acordo com Beltrão, a apuração se concentrou em identificar o vínculo de assessoria de Heron com o gabinete de Guerra.
A denúncia de Jó Arse ocorreu durante sessão da Câmara em outubro. Segundo o vereador, Guerra assinou efetividade do então assessor Heron Fagundes sem que ele tivesse comparecido à casa entre 25 de abril e 6 de maio deste ano. Na apresentação, Arse apresentou imagens que comprovariam a ausência de Heron.
Dias depois, também na tribuna da Câmara, Guerra se defendeu das acusações apresentando imagens que mostravam o assessor nos corredores da Casa. Jó Arse, alega, no entanto, que as imagens são falsas. Guerra foi ouvido pela Comissão de Ética em 25 de novembro. Na ocasião, disse que Heron cumpriu com as funções e por isso teve a efetividade assinada. Além disso, afirmou que assessores de outros vereadores também não costumam estar sempre presentes na Câmara.
O processo deve ser votado no plenário até quinta-feira. As possíveis sanções são censura, suspensão, perda de mandato ou arquivamento do caso.
Gaúcha
Relator diz que imagens não permitem concluir se assessor de Guerra era fantasma
Rodrigo Beltrão (PT) vai apresentar relatório às 14h desta segunda (12)
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