A terça-feira (13) foi marcada por protestos em Porto Alegre, contra medidas anunciadas pelo governo de José Ivo Sartori e contra a aprovação, pelo Senado, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto de gastos públicos pelos próximos 20 anos.
No começo da tarde, servidores públicos estaduais se reuniram em frente ao Palácio Piratini, na Praça da Matriz. Um boneco do governador foi queimado, e os gradis colocados em frente à sede do Executivo foram derrubados.
Após o protesto, um grupo se dirigiu à Assembleia Legislativa, onde o pacote de medidas será analisado, para se reunir com deputados. Do lado de fora, os manifestantes que não conseguiram acessar o local chegaram a impedir a saída de veículos do prédio.
Havia a expectativa de que o pacote de Sartori fosse votado já na próxima quinta-feira. No entanto, por falta de acordo entre os líderes partidários, os deputados já projetam que as medidas sejam apreciadas apenas na semana que vem.
Protesto e confronto no Centro
No começo da noite, manifestantes se concentraram na Esquina Democrática e saíram em caminhada por ruas da região central, afetando o trânsito e o transporte na região. A avenida Borges de Medeiros chegou a ser bloqueada devido ao protesto.
Houve depredação de pelo menos dois prédios da região, e contêineres foram virados e incendiados. Por volta das 20h, Brigada Militar e manifestantes entraram em confronto, e bombas de efeito moral foram lançadas pelos policiais.
Os protestos seguiram na Cidade Baixa. Vidros de agências bancárias foram danificados. A Brigada Militar precisou intervir novamente para dispersar os manifestantes.
