Após mais de seis horas de discussões, o projeto de lei extingue a Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (Corag) foi aprovado nesta quarta-feira pela Assembleia Legislativa. O placar foi de 28 votos a favor e 24 contra. O PL 244 foi a sexta proposta do pacote do governo José Ivo Sartori a ser analisada pelos deputados.
Criada há 43 anos, a Corag – uma sociedade de economia mista – é a gráfica responsável por editar o Diário Oficial do Estado, além de outros materiais gráficos. Também tem o Estado como cliente para impressão de documentos do Detran. No ano passado, a receita da companhia foi R$ 54,6 milhões e a despesa, R$ 46,9 milhões.
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Com a aprovação do proposta, a Procergs deve absorver parte dos serviços que a companhia presta atualmente, e o restante deve ser contratado da iniciativa privada. Os 197 funcionários devem ser desligados, pois possuem vínculo pela CLT. A extinção deve significar R$ 8,4 milhões a mais aos cofres do Rio Grande do Sul, conforme cálculos do Piratini.
Parlamentares de oposição criticaram o projeto do Executivo. Segundo o deputado Valdeci Oliveira (PT), não há argumento racional para a extinção da Corag.
– Ela dá lucro de R$ 50 milhões por ano e tem um quadro enxuto. É uma contradição absurda que o governo quer justificar com o injustificável. O argumento é decisão e concepção ideológica de Estado mínimo, de acabar com tudo independente do resultado que tenha.