Em assembleia realizada nesta sexta-feira (25), os trabalhadores da empresa Guerra decidiram parar a produção durante o dia e também no sábado (26). Na segunda-feira (21), já houve uma primeira paralisação. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, após três reuniões na Justiça do Trabalho de Caxias do Sul, os representantes da empresa não apresentaram garantias concretas que vão honrar com o pagamento dos salários de quem permanece na produção. Além disso, o sindicato diz que não aceita o parcelamento do pagamento das rescisões em função da insegurança provocada pela recuperação judicial, processo em que a Guerra se encontra desde julho do ano passado.
A última proposta da diretoria da Guerra é do pagamento parcelado das rescisões em até 12 prestações. Cada parcela seria no valor do salário bruto do empregado. A empresa também ofereceu abono de um salário, pago em duas vezes a iniciar no final do parcelamento do principal. Conforme a fabricante de implementos rodoviários, a primeira parcela depende da agilidade do acordo, mas a intenção da empresa é pagar em dezembro. O valor viria do fluxo de caixa da empresa, que já computa os aportes que ocorrerão de forma gradual conforme empréstimo liberado pela recuperação judicial.
Para os demais 600 trabalhadores que permanecem no cargo, a Guerra promete estabilidade no emprego até 28 de fevereiro de 2017 e folga para os empregados ativos neste final do ano.