Nesta semana, vi uma mãe invadir uma escola aos gritos, querendo quebrar uma professora ao meio porque o filho de 13 anos disse que foi xingado na escola. Observei a cena e quase intervi, mas como outras professoras seguraram a mãe, fiquei só no bico.
Depois de toda a barulheira e da mãe prometer quebrar os vidros do carro da professora, ela foi embora, e o filho ficou em frente à escola. Com os amigos, ele dava risada e dizia que sua mãe era "bicho solto", reproduzia para os amigos os gestos de ameaça da mãe e a reação de pavor da professora de maneira debochada. Todos gargalhavam.
Lição
Dois professores olharam a reação deles e entraram no carro balançando a cabeça de forma negativa. Vi nos seus olhos que tinham desistido do menino. Fiquei pensando que, por pior que a professora tenha agido, a mãe, com sua agressividade, conseguiu piorar. Primeiro porque os nossos filhos têm duas personalidades: uma na escola e outra em casa. Não podemos confiar 100% nas versões que trazem, precisamos sempre ouvir os professores.
Em segundo lugar, quando eu ataco um professor na frente do meu filho, mostro a ele como deve agir diante de autoridades. Como eu também sou autoridade, um dia, ele vai me devolver a lição. Confesso que não sei se teria condições de ser professor, não pelos alunos, mas pelos pais.
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Amigos professores costumam me dizer que as crianças não têm problema, quem têm são os pais, que acabam transmitindo para os filhos. Recomendo aos pais esquentadinhos que não sejam mais infantis do que seus filhos.