Com o objetivo de aumentar a produtividade de micro e médias empresas, o ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira lançou nesta sexta-feira, em Porto Alegre, o programa Brasil Mais Produtivo. No Rio Grande do Sul, 330 empresas serão selecionadas para receber uma consultoria de 120 horas focada na melhoria da eficiência.
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Em cerimônia na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o ministro salientou que quatro setores de oito arranjos produtivos locais foram escolhidos para participar do programa no Estado: moveleiro, na Serra, confecções e calçados, em Novo Hamburgo, alimentos e bebidas, em Bento Gonçalves, na Zona Sul e Porto Alegre, e metalmecânico em Panambi, na Serra e em Porto Alegre.
- As empresas recebem visitas das equipes de consultores que aperfeiçoam todos os processos. Em média, temos obtido um ganho de produtividade de 50% - destacou Pereira.
Até o final da manhã, 231 empresas gaúchas já haviam se inscrito no Brasil Mais Produtivo - no país, esse número chega a 2.970. Para participar, é preciso ter entre 11 e 220 funcionários e arcar com uma contrapartida de R$ 3 mil, que pode ser financiada pelo BNDES. Como o programa tem um custo de R$ 18 mil, os R$ 15 mil restantes são pagos pelo governo. As empresas interessadas devem acessar a página do Brasil Mais Produtivo (www.brasilmaisprodutivo.gov.br) e completar o cadastro.
Em geral, os consultores avaliam toda a cadeia produtiva dentro das empresas, sugerindo mudanças e combatendo sete focos de desperdício: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, móveis e defeitos. Presidente da Fiergs, Heitor Müller saudou a iniciativa do governo, mas também cobrou medidas de incentivo à expansão industrial, como mudanças na legislação trabalhista.
_ Temos uma pesada carga burocrática, que não produz nada, nenhum parafuso a mais - sintetizou Müller.