Para o bem ou para o mal, no entendimento de lideranças políticas de Santa Maria, o impeachment da presidente Dilma Rousseff terá consequências no âmbito individual e coletivo para todos os brasileiros.
Veja a avaliação das lideranças sobre o momento e o amanhã do país:
Cezar Schirmer (PMDB), prefeito de Santa Maria
"Esta decisão conclui um ciclo. Acho que Temer vai continuar o que está fazendo, que é tentar recuperar e reativar a economia. Certamente, vai repercutir aqui, mas não a curto prazo. Acho que é preciso fazer reforma da previdência, trabalhista, política e federativa. Minha convicção é que ele (Temer) vai tentar. Por isso, é importante a coesão em torno do país, não do governo. Temos que pensar no país."
Luiz Carlos Fort (PT), presidente da Câmara de Vereadores de Santa Maria
"Foi um debate político, tanto é que não cassaram os direitos políticos dela (Dilma). É equivocado. Acredito que, consumado esse episódio, ele (Temer) vai aproveitar que tem a maioria para aprovar o que quiser. Se ele (Temer) mexer nos programas sociais e nos direitos adquiridos dos trabalhadores, haverá repercussão muito negativa."
Valdeci Oliveira (PT), deputado estadual e candidato a prefeito
"O episódio de hoje pode não ter repercussão agora, mas, daqui a dois ou três anos, o Brasil vai pagar um preço muito alto. Vão aguardar as eleições municipais para fazer todas as mudanças que querem: a visão do Estado mínimo, o desmonte do Estado e a privatização. Se o país der uma guinada para o contrário do que vinha acontecendo, do ponto de vista das políticas públicas e sociais, todos vão sentir. O resultado será nefasto para os cidadãos, nos direitos individuais, coletivos, trabalhistas, de liberdade, de manifestação."
Paulo Pimenta (PT), deputado federal
"Os objetivos imediatos, a curto prazo, são cinco: absolver Eduardo Cunha, acabar com a Lava-Jato, restabelecer o financiamento privado das campanhas eleitorais, vender o pré-sal e promover uma revisão na legislação trabalhista e previdenciária. Em Santa Maria, vamos sofrer muito, com o corte de 45% para as universidades e com o congelamento por 20 anos de qualquer crescimento de recursos para saúde, educação, investimento públicos. Atingirá não só o setor público como o militar."
Jorge Pozzobom (PSDB), deputado estadual e candidato a prefeito
"Vamos voltar a ter estabilidade econômica. O mercado estava aguardando para saber o que iria acontecer com o Brasil para decidir se investiria e no que investiria. A partir de agora, temos uma equipe definitiva e isso repercutirá diretamente nas obras que pararam ou estão em andamento. O PSDB vai cobrar as metas estabelecidas. Temos uma lei para ser votada da renegociação de dívidas dos Estados. Não é o momento de se agarrar a siglas partidárias. Projetos sociais são importantes e não vão acabar."
Sérgio Coradini (PDT), presidente da Associação dos Municípios do Centro do Estado (AM Centro)
"Só espero, em nome dos prefeitos, que o novo governo libere mais recursos para os municípios porque os prefeitos estão trabalhando no limite. Estamos em uma democracia, nos resta agora acreditar no que foi decidido, dar esse voto para o próximo governo e torcer para que as coisas melhorem."