A Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul pretende ampliar a força-tarefa que investiga as ocorrências de assaltos a ônibus, táxis e lotações. Uma delegacia concentra o trabalho desde março deste ano, mas o objetivo é dar mais abrangência visando beneficiar também a Região Metropolitana.
O anúncio ocorreu em resposta a um protesto de motoristas e cobradores, que bloqueou parcialmente ruas e avenidas na manhã desta sexta-feira (9) na região central de Porto Alegre. Representantes do sindicato que representa o os rodoviários metropolitanos caminharam pelos correres de ônibus das avenidas Farrapos, Osvaldo Aranha e João Pessoa. A entidade alega que o número de assaltos a coletivos já passa de 600 na Grande Porto Alegre em 2016.
Durante o protesto, passageiros relataram que o atraso em itinerários chegou a uma hora e meia. Motoristas e cobradores caminharam até a Praça da Matriz. A manifestação encerrou após serem recebidos pelo governo no Palácio Piratini.
Força Nacional
Uma das reivindicações apresentadas pelos rodoviários foi a ampliação do trabalho da Força Nacional para bairros da periferia de Porto Alegre, onde a categoria reclama de assaltos. Para motoristas e cobradores, a ação dos policiais tem dado ênfase apenas a bairros centrais. Segundo o secretário-adjunto da Segurança, Jorge Luiz Soares, está em estudo a prorrogação da presença da Força Nacional para atuar também nos outros bairros.
"O projeto da Secretaria e conseguirmos debelar as mazelas naqueles bairros com maior incidência de tráfico de drogas, roubos e furtos. Conversando ontem (quinta-feira) com o novo secretários da Segurança (Cezar Schirmer), será estudada a renovação da Força Nacional para que o Estado consiga baixar esses índices", afirma Soares.
O efetivo de 150 agentes da Força Nacional chegou a Porto Alegre em 28 de agosto. A permanência do contingente está prevista inicialmente para 60 dias.