Cotado como candidato à presidência da Câmara dos Deputados desde que as denúncias contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ganharam força, o deputado federal Esperidião Amin (PP-SC) confirmou nesta quinta-feira que é pré-candidato à sucessão do peemedebista, que renunciou ao cargo. Confira a entrevista:
Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara dos Deputados
Saiba quais são as acusações que pesam contra Eduardo Cunha
Líder do governo na Câmara vai convocar reunião para discutir sucessão
Como o senhor avalia a renúncia de Cunha no cenário atual da Câmara?
Pessoalmente, não avalio se o ato da renúncia veio cedo ou tarde, mas certamente ajuda a descomprimir o quadro de tensões que vive o funcionamento da Câmara. Caberá agora aos deputados escolher alguém para esta travessia.
O senhor é cotado para concorrer à presidência da Câmara. Pretende disputar?
Eu sou pré-candidato à sucessão do Eduardo Cunha. Eu sempre disse que não podia ser candidato enquanto não havia a vaga. Agora a vaga existe e já avisei ao líder da bancada.
Qual será o papel do novo presidente, que terá um trabalho de transição?
É impossível imaginar a democracia sem o Parlamento, ele é insubstituível. A Câmara representa o povo, a renúncia do Cunha é um gesto que ajuda a reabilitar a Casa e a missão do próximo presidente será contribuir para uma travessia construtiva nesse período, que melhore o conceito da Câmara.
É possível uma eleição de consenso, ou pelo menos perto disso?
Acho muito difícil prever isso agora. Mas, hoje, é mais fácil ter 10 candidatos do que ter um consenso.