O Ministério Público (MP) denunciou, nesta segunda-feira, oito pessoas pela venda de água mineral contaminada da marca Do Campo Branco. Entre eles estão os três presos na Operação Gota D’Água – deflagrada no último dia 23 –, Paulo Moacir Vivian, Ademar Paulo Ferri e Marcelo Colling (os dois primeiros sócios da empresa Mineração Campo Branco Ltda. e o terceiro químico industrial da marca), além dos também sócios Ermínio Vivian (irmão de Paulo Moacir) e Norberto Ferri (irmão de Ademar), além dos funcionários Natan Reckziegel, Diego Pellenz e Cerilda Fátima de Oliveira.
Os oito foram denunciados por integrarem organização criminosa, sendo que os quatro sócios também deverão responder por ter em depósito e colocar à venda produto alimentício corrompido, com pena de quatro a oito anos de prisão. Segundo o MP, eles agiram intencionalmente, já que permitiram que a água fosse envasada e comercializada mesmo sabendo da contaminação bacteriológica por laudos solicitados pela própria empresa.
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A pena de Vitor Hugo Gerhardt, então coordenador regional de Saúde, foi extinta, em virtude do seu falecimento, em 26 de junho.
A Organização Mundial de Saúde estabelece que a água engarrafada para consumo humano deve ser totalmente livre de coliformes e Pseudomonas aeruginosa, devido à vulnerabilidade de crianças e idosos a esses microrganismos. A Pseudomonas aeruginosa é causadora de infecções respiratórias, urinárias e da corrente sanguínea em pessoas já com a saúde debilitada. Já a ingestão de coliformes provoca, em geral, distúrbios gastrointestinais.