O "Osteria Francescana", do chef Massimo Bottura, em Módena, na Itália, foi coroado o melhor restaurante do mundo em 2016, durante a premiação na noite de segunda-feira, em Nova York, onde o francês Pierre Hermé ganhou o título de melhor pâtissier do mundo.
Massimo Bottura, que ficou em segundo lugar no ano passado no ranking "50 Best", destronou o espanhol "El Celler de Can Roca" em Girona (Catalunha), que caiu para a segunda colocação.
O chef brasileiro Alex Atala, que comanda o D.O.M., em São Paulo, caiu duas posições em relação ao ano anterior, e figura este ano na 11ª posição.
"Eu quero agradecer a todos, porque foi muito difícil", declarou visivelmente emocionado Massimo Bottura, ao receber o prêmio no palco no Cipriani Wall Street, em Manhattan.
"As pessoas acham que somos estrelas do rock, mas é um trabalho difícil, todos os dias, na cozinha", acrescentou.
Pierre Hermé comemorou, por sua vez, um prêmio que "é um grande reconhecimento do savoir-fair francês a nível internacional" e disse estar "muito lisonjeado".
O chef francês Alain Passard também recebeu na segunda-feira o prêmio "Lifetime Achievement" pelo conjunto de sua carreira e seu restaurante "Arpège" é o 19º na classificação.
A francesa Dominique Crenn, cujo "Atelier Crenn" está localizado em São Francisco, também foi eleita a "melhor chef do sexo feminino do mundo".
Já no ano passado, a francesa Hélène Darroze era sagrada "melhor chef do sexo feminino no mundo".
O restaurante nova-iorquino "Eleven Madison Park" ficou em 3º lugar na lista, o peruano "Central" em 4º, o dinamarquês "Noma" em 5º e o francês "Mirazur" em 6º.
Metade na Europa
A lista 2016 celebra restaurantes em 23 países, em seis continentes, mas metade na Europa.
"Massimo Bottura é conhecido por suas criações muito pessoais e ambiciosas que agracia tanto a herança de seu país como sua modernidade", disseram os responsáveis pela premiação, celebrando "suas criações tais como as Cinco idades de Parmigiano Reggiano que apresenta o famoso queijo da região em formas e texturas completamente novas para a maioria dos clientes", e seus clássicos revisitados "como o tagliatelles com ragu picado à mão e seu risoto de vitela".
Quatro restaurantes italianos estão no ranking de 2016 e três restaurantes franceses, o "Mirazur", "Arpège" e "Septimus", em Paris, que ocupa o 50º lugar.
A Espanha tem sete restaurantes na lista, incluindo três no top 10: além de "El Celler de Can Roca", o "Asador Etxebarri" é o número 10 e o Mugaritz o número 7.
Cinco restaurantes são escandinavos, seis são americanos, cinco sul-americanos e seis asiáticos, entre eles o "Narisawa", em Tóquio, 8º.
O Clove Clube no Reino Unido, prêmio de melhor estreante, chega em 26º lugar.
De acordo com William Drew, editor dos World's 50 Best Restaurants, a lista este ano comemora "mais do que nunca a diversidade dos talentos culinários oferecidos pelo mundo gastronômico".
O ranking dos "50 Best" ganhou notoriedade e uma influência crescente desde o seu lançamento em 2002, inicialmente na revista britânica Restaurant.
Ele foi acusado no ano passado, principalmente na França, de falta de transparência, e sua metodologia foi criticada. Seus organizadores explicaram nesta terça-feira que a lista foisestabelecida a partir da compilação dos votos de 972 especialistas internacionais, escritores, críticos gastronômicos, cozinheiros, donos de restaurantes e gourmets conhecidos.
Este grupo inclui 27 regiões, cada uma com 36 personalidades que devem votar em sete mesas - incluindo pelo menos três fora da sua área geográfica - em ordem de preferência, com base em suas melhores experiências de refeições nos últimos 18 meses. Não existe uma lista de critérios pré-determinados.
* AFP