A entrada e a saída de servidores do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre, continua sendo impedida, na manhã desta quinta-feira, por professores grevistas que ocupam o prédio há três dias.
Uma decisão publicada nesta madrugada pela juíza Andréia Terre do Amaral, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central, permitira que professores continuassem a ocupação, mas determinava que o acesso fosse liberado para que as atividades públicas pudessem voltar à normalidade no Caff. A ordem judicial, no entanto, não foi cumprida pelos grevistas ligados ao Cpers.
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Os secretários de Educação, Saúde e Governança do Estado estiveram no local para tentar negociar a desobstrução do prédio, garantindo que receberiam um grupo do Cpers ainda nesta quinta-feira, mas não obtiveram sucesso. De acordo com a professora Helenir Schürer, presidente do Cpers, a categoria não irá liberar a entrada no prédio até que o governo traga propostas às reivindicações da classe.
– Estamos esperando uma proposta do governo, que está intransigente. Eles dizem que irão apresentar propostas se a gente desocupar o prédio. O problema é que a gente não sabe se não irá vir pela quinta vez a mesma proposta – afirma a presidente.
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Entre as pautas reivindicadas pela categoria estão a retirada do PL 44, o fim do Reenquadramento do Difícil Acesso e a apresentação de um calendário para o pagamento do reajuste salarial da categoria, de 24,37%.
Parte dos funcionários que tentavam no entrar no Centro Administrativo, nesta manhã, mostravam indignação em relação à impossibilidade de acesso.
– É um absurdo. Eles têm os direitos deles, assim como nós temos o nosso de ir e vir. Podiam fazer a manifestação em outro lugar, deveriam ocupar somente a Secretaria da Educação, por exemplo – reclamava a servidora Elizabeth Fink, funcionária da Secretaria do Turismo.
* Zero Hora