Assim como no verão, quando as doações de sangue escasseiam por conta da debandada das férias, neste momento, são as baixas temperaturas que afugentam quem quer ser solidário. Mas como a única fonte de sangue para pacientes internados é a doação, o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado hoje, reforça a necessidade de ignorar o frio e ajudar a abastecer os estoques.
O banco de sangue do Hospital de Pronto Socorro (HPS), na Capital, por exemplo, está em alerta. Ontem, os estoques de todos os tipos apresentavam índices baixos. O HPS tem uma demanda mensal de cerca de 400 bolsas de sangue.
– O frio tem impedido o deslocamento. Está mais crítico do que o verão – observa a coordenadora do Hemocentro do Estado, Maristela Westphal Teixeira.
Ontem pela manhã, além de um grupo de militares, apenas três pessoas tinham ido até o Hemocentro do Estado, que abastece 48 hospitais, doar sangue. Para manter-se em pleno funcionamento, o Hemocentro precisa de 1,5 mil doações mensais. Em maio, foram alcançadas apenas 1.260.
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Necessidade
De tanto ver no trabalho a necessidade de manter o banco de sangue abastecido, o técnico de enfermagem Tiago da Silva Campos, 30 anos, se conscientizou da importância da doação:
– Trabalho no Hospital São Lucas da Puc e sei como é importante. Ontem, Tiago, que mora em Viamão, aproveitou o dia de folga para fazer a sua parte e doar sangue.