O Centro do Rio Grande do Sul é a região com o maior número de casos de raiva paralítica no Estado este ano. Já são 10 focos registrados em propriedades rurais, ocasionando cerca de 30 mortes, entre bovinos e equinos, conforme estimativa da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação.
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Foram registrados quatro focos em Nova Palma, três em Pinhal Grande, um em Ivorá, um em Restinga Seca e um em Lavras do Sul. Segundo o coordenador do Programa de Controle da Raiva em Herbívoros no Estado, Nilton Rossato, é a única região em que o Estado enfrenta problemas para exterminar com os focos de raiva paralítica. Os primeiros casos começaram a surgir em Paraíso do Sul, ainda no ano passado, e se espalharam para toda a região.
O número em 2016, entretanto, não é considerado elevado. A raiva paralítica é transmitida por meio de morcegos (a maioria deles hematófagos) infectados pela doença. O contágio só é confirmado através de exames de laboratório. O último surto no Estado foi em 2011, em São Lourenço do Sul. Desde então, a doença está controlada. As únicas maneiras de prevenção são a captura dos morcegos e a vacinação, que é opcional, já que a doença não pode ser transmitida de bovinos para bovinos. A raiva furiosa, transmitida principalmente através de cães e gatos, não circula mais no RS.
O animal contaminado pela raiva bovina leva em torno de 60 dias para manifestar os sintomas. Ele fica apático e se separa do rebanho; depois, apresenta dificuldades para caminhar e engolir, além de lesões na coluna, o que ocasiona paralisação nos membros posteriores. Depois que começa a apresentar os sintomas, morre em cerca de uma semana.