Cerca de 60 pessoas reuniram-se para protestar, nesta segunda-feira, em Porto Alegre, pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff. O grupo começou a mobilização pelas redes sociais logo depois da decisão do presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que tentou anular o processo de impeachment.
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– Esse protesto é contra a atitude do deputado Maranhão, de tentar atrapalhar o fluxo normal do impeachment da presidente. Queremos mostrar que estamos atentos a tudo que acontece no Congresso Nacional – disse Antônio Gornatti, coordenador do Movimento Vem Pra Rua RS.
Não há protestos marcados para os próximos dias, no entanto, o grupo seguirá acompanhando os trâmites do impeachment no Congresso e no STF.
– Se as coisas seguirem o fluxo normal, a gente irá acompanhar de casa, pela televisão. Mas se houver nova tentativa de barrar o processo, nós viremos novamente para a rua – complementou Gornatti.
Bonecos infláveis do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário foram exibidos pelos manifestantes, como o engenheiro Paulo Cruz, de 75 anos. Para ele, muitas pessoas acabaram não indo ao protesto porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), manteve o rito do processo, ignorando a decisão do deputado do PP.
– Era pra ter mais gente aqui, mas como o Renan Calheiros não deu bola pra ele (Waldir Maranhão), arrefeceu os ânimos. Eu vim do mesmo jeito porque não dá pra afrouxar. Eles querem barrar o impeachment, mas o povo não vai deixar – disse Cruz.
*Zero Hora