O Solidariedade, um dos partidos que liderou o movimento de impeachment da presidente Dilma Rousseff, acredita que a votação concluída nesta quinta-feira no Senado faz com que o Brasil deixe para trás "um capítulo vergonhoso de escândalos de corrupção sem precedentes, que manchou a honra e a autoestima do nosso povo". Na visão do partido, o processo sedimenta a democracia brasileira.
– Após um longo e agonizante processo de recessão econômica, fruto da incompetência administrativa que culminou na maior alta de desemprego dos últimos 20 anos e na perda de credibilidade da imagem do país diante das principais instituições mundiais, hoje, o Senado afastou a presidente Dilma Rousseff de suas funções oficiais – pontuou o Solidariedade no início da nota enviada à imprensa.
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Diante do afastamento da presidente por um prazo de até 180 dias, quando o Senado deverá julgar em definitivo o futuro de Dilma, o vice-presidente Michel Temer assume a presidência interinamente. Com a mudança do governo, o Solidariedade propõe novos rumos ao Brasil.
– O impeachment é o primeiro passo para a reorganização do país. A partir de agora, precisamos construir, por meio de um permanente diálogo, um conjunto de propostas que agreguem os diversos setores da sociedade conciliando o crescimento econômico com a geração de postos de trabalho.
O partido, que tem o deputado Paulinho da Força como um de seus principais nomes, diz que mantém seu "compromisso na defesa dos direitos de todos os trabalhadores". A favor do impeachment, o Solidariedade destacou a situação da inflação, os problemas em relação ao corte de postos de trabalho e a situação de corrupção no País.
– A saída da presidente Dilma é um grande avanço para a democracia e o claro recado do povo brasileiro: chega de corrupção!", aponta o partido em nota.
O processo de impeachment, na visão do Solidariedade, sedimentou a democracia brasileira, a independência dos Poderes e a força de instituições como a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
– Podemos afirmar ainda que o procedimento seguiu o rito previsto pelo Supremo, responsável pelo controle judicial de todos os atos referentes ao impeachment, garantindo, inclusive, a ampla defesa da presidente Dilma.
*ESTADÃO CONTEÚDO