A partir desta terça-feira, a Justiça começa a ouvir nove réus, além das testemunhas de acusação e defesa, no processo da falsificação da consulta popular usada para abertura da boate Kiss, em 2009. As audiências acontecem, além desta terça, nos dias 4, 5, 12 e 13 de maio, sempre às 10h, no Fórum de Santa Maria.
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Inicialmente, eram 33 réus. Desses, 14 aceitaram suspensão condicional do processo e outros 10 não foram localizados. Inicialmente, o juiz Ulysses Louzada vai ouvir as testemunhas de acusação e de defesa. Depois, os nove réus serão interrogados.
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A maior parte dos réus foi acusada de ter assinado a consulta popular, que teve 60 assinaturas, mesmo não morando no entorno da casa noturna, em um raio de 100 metros. A consulta era um documento exigido pela prefeitura no Estudo de Impacto de Vizinhança para a emissão do Alvará de Localização quando a boate começou a funcionar.
Além desses, também há acusação por elaboração da consulta fraudulenta e apresentação desta como documento verdadeiro ao município.
Processo criminal
A fase de alegações finais do principal processo criminal da boate Kiss acabou em abril. A partir de agora, o juiz Louzada irá decidir se os réus serão julgados ou não em tribunal popular. Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira (que tocava na boate na noite do incêndio), Luciano Bonilha Leão, produtor de palco da banda, e Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, ex-sócios da boate, são réus no processo. Eles respondem homicídio com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de matar) qualificado (por asfixia, incêndio e motivo torpe). Nesse caso, são 242 homicídios e 636 tentativas de homicídio.