Desde a última sexta-feira, o ex-delegado da Polícia Federal e ex-deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP), é considerado foragido internacional e teve contra si expedição de uma ordem de prisão a ser difundida pela Interpol.
Protógenes foi responsável pela Operação Satiagraha, em 2008, que apurava um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o banqueiro Daniel Dantas, mas, de investigador, virou investigado. A operação foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal sob o argumento de que o delegado obteve provas por meio de grampos telefônicos ilegais, e ele acabou condenado por fraude processual e violação de sigilo funcional, além de ser expulso da Polícia Federal (PF), em 2010. No mesmo ano se elegeu deputado federal, mas não conseguiu a reeleição em 2014.
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A pena aplicada ao ex-delegado foi de dois anos e meio de prisão, convertidos em prestação de serviços comunitários. Mas, de acordo, com a Justiça, ele não cumpriu a sentença, além disso teria trocado de endereço e não se apresentado em audiência.
Localizado pela Folha de S. Paulo na Suíça, Protógenes informou ao jornal que não comentaria a decisão. Ele disse que vive naquela país desde outubro do ano passado, quando foi demitido da PF. Em sua conta no Twitter, Protógenes escreveu ter recebido a notícia "com resignação a injusta decisão" e que "um dia esse erro será corrigido".