A OAS depositou R$ 350 mil nas contas da Paróquia São Pedro, ligada à igreja católica no Distrito Federal. A suspeita dos investigadores da Operação Lava-Jato é de que seja dinheiro de propina canalizado pelo ex-senador Gim Argello (PTB) para a igreja, do qual ele é frequentador.
Os R$ 350 mil foram depositados numa conta do Banco Itaú mantida pela paróquia para manter um Centro de Apoio ao Tratamento de Alcoolismo. Os dados estão na ordem de prisão emitida pela 13ª Vara Federal de Curitiba contra Gim Argello.
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O dinheiro, segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi repassado a Argello por José Aldemário Pinheiro Filho, o Leo Pinheiro, diretor da OAS. Seria a contrapartida para o ex-senador não chamar integrantes da empreiteira para depor na CPMI da Petrobras – Argello era vice-presidente da CPMI em 2014. Leo Pinheiro apelidou Gim Argello de "Alcoólico", um trocadilho em relação à bebida gim.
Zero Hora tentou contato com os responsáveis pela paróquia, mas não os encontrou.
Abaixo, trecho do documento de busca determinado em relação à paróquia:
– Apreender documentos e eventuais registros contábeis que elucidem a causa do depósito de R$ 350.000,00 efetuado pela Construtora OAS em favor da Paróquia São Pedro em 19/05/2014.
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