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Com a possibilidade de Michel Temer assumir a Presidência, o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha – um dos principais articuladores políticos do vice-presidente – avaliou na manhã desta quarta-feira os desafios de um eventual governo do PMDB. Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, descartou que, se Temer ocupar o posto de Dilma Rousseff, haverá aumento de impostos e interferência do Palácio do Planalto nas investigações da Operação Lava-Jato.
Ao analisar a crise econômica do país, o ex-ministro afirmou que o atual momento pede corte de gastos por parte do governo, e não aumento de tributos.
– É absolutamente inviável qualquer aumento de impostos neste momento. A carga tributária está pesada nas costas da sociedade – declarou.
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Padilha também comentou o noticiário relacionado ao advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, cujo nome foi ventilado como ministro da Justiça em um eventual governo Temer. Amigo do vice-presidente, Mariz de Oliveira falava, na terça-feira, como responsável pela pasta.
Aos jornais Estadão e Folha de S. Paulo, o criminalista relatou que não interferiria na Lava-Jato, mas criticou as delações premiadas, e defendeu que a Polícia Federal tenha outras prioridades além do combate à corrupção. No entanto, segundo a Folha e a coluna Radar, da revista Veja, as entrevistas concedidas por Mariz de Oliveira o colocaram fora de um possível governo do peemedebista. O advogado atua como defensor de Temer no Supremo Tribunal Federal no âmbito da Lava-Jato, na qual o vice-presidente já foi citado.
– A Polícia Federal e o Ministério Público Federal têm que ser estimulados para que (as investigações) possam ser levadas com celeridade – disse Padilha.