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Colchão velho, fogão, cama e até carcaça de televisão viraram vizinhos da aposentada Cleci Vargas, 64 anos, moradora do Bairro Aparício Borges, em Porto Alegre. O material descartado de forma irregular, na Rua Maria Basto, tornou-se a dor de cabeça de Cleci e a deixou indignada.
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E o material jogado perto da casa da aposentada é uma gota no oceano de descarte ilegal que acontece em toda a cidade. Por dia, 600 toneladas de resíduos públicos são retiradas por equipes da prefeitura.
– Quem faz isso não se importa com nada nem com ninguém. Falam tanto do mosquito da dengue, da zika, e aí fazem isso – desabafa Cleci.
A céu aberto
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) sabe onde o descarte de restos de construção, podas e toda sorte de detrito é regra. Cinco destes locais são considerados os piores, onde o departamento se vê obrigado a retornar semanalmente sob pena de ver lixões tomarem conta de ruas inteiras.
– Esse problema ocorre com o tipo de lixo que as coletas regulares, a domiciliar e a seletiva, não levam. Aí, por falta de informação ou de educação, as pessoas largam ou até pagam para se largar nesses lugares – afirma o diretor-geral do DMLU, Gustavo Fontana.
O pior de todos
O pior desses pontos, segundo o DMLU, fica no Jardim do Salso, Zona Leste da Capital. O trecho final da Rua Graciliano Ramos se transforma, periodicamente, em um lixão. Na quarta-feira passada, 25 viagens de caminhão removeram cerca de 100 toneladas, das 8h às 11h15min. O Diário acompanhou a parte final do serviço e permaneceu no local por meia hora.
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Às 11h45min, uma Kombi largou na rua três sacos grandes de lixo. O veículo arrancou em alta velocidade assim que percebeu que era observado.
– Fazemos campanas, flagramos e multamos em muitas ocasiões. Mas quem faz isso com regularidade sabe que é contra a lei. Já pegamos caminhão com placa de fusca – conta o diretor do DMLU.
* Diário Gaúcho