A 2ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre concedeu liberdade a dois dos cinco réus no caso da mulher que foi esquartejada no ano passado na Capital e teve partes do corpo encontradas inclusive em Santa Catarina. Uma das pessoas que foi solta é o próprio sogro da vítima Cíntia Beatriz Lacerda Glufke, 34 anos: Werner Glufke, 63 anos. Nas redes sociais, a família dele comemorou a decisão. As informações são do blog Caso de Polícia, da Rádio Gaúcha.
A outra pessoa é Esmeralda Luciano de Antoni. No entanto, os dois e mais três réus seguem respondendo ao processo sobre homicídio qualificado. Uma nova audiência sobre este caso foi marcada para o próximo dia 22.
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A decisão judicial estabelece as razões para a concessão da liberdade aos dois:
– (...) A Defesa da ré Esmeralda postulou a liberdade, (…) que a ré conta com mais de oitenta anos idade, bem como por não lhe ser imputada conduta material no delito de homicídio, revogo-lhe a prisão preventiva e substituo pelas seguintes medidas cautelares diversas, com fulcro no artigo 319 do CPP: a) deverá a acusada comparecer a todos os atos do processo a que lhe for requisitada a presença; b) deverá apresentar-se mensalmente em Cartório, não podendo ausentar-se da Comarca sem prévia autorização do Juízo. Expeça-se alvará de soltura à ré, 5. A Defesa do acusado Werner requereu a liberdade. Expeça-se alvará de soltura ao réu, colocando-o imediatamente em liberdade, se por outro motivo não estiver preso. Intime-se.
A Justiça negou liberdade ao réu Vandré Centeno do Carmo, que na época da investigação policial confirmou participação no crime. Também respondem ao processo os irmãos dele, Jean Centeno do Carmo e Alan Centeno do Carmo.
Entenda o caso
A polícia concluiu que a vítima Cíntia Beatriz Lacerda Glufke, natural de Minas Gerais e moradora de Porto Alegre, foi morta na casa de Vandré, no dia 7 de agosto de 2015, no bairro Mario Quintana. Ela foi atingida com marteladas na cabeça e depois teve os membros retalhados com uma serra. Os irmãos de Vandré estavam na moradia.
Dois dias depois do desaparecimento, havia um mistério na Serra catarinense ao serem encontrados braços, pernas e mãos de uma pessoa dentro de uma mala em um terreno baldio da cidade de São Joaquim. Vandré confessou o crime e indicou o local onde estavam outras partes do corpo, localizadas no Bairro Mario Quintana, na zona norte.
De acordo com a polícia, o autor e a vítima eram apenas amigos e o crime teria sido motivado por brigas entre os dois, além do relato de bullying sofrido por ele. Eles foram colegas de trabalho e haviam feito cursos juntos.