Na data que marca os 52 anos do golpe militar no Brasil, diversos movimentos organizam protestos em defesa da ilegalidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, que tramita na Câmara dos Deputados. A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo contabilizam atos em pelo menos 24 Estados e no Distrito Federal, além de manifestações no exterior, em países como Alemanha, Argentina, Chile, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, México, Portugal e Uruguai.
No Rio Grande do Sul, as cidades de Erechim, Ijuí, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livramento e Três Passos também terão protestos, todos no final da tarde, entre 16h e 18h. Na capital gaúcha, a manifestação ocorre a partir das 17h desta quinta-feira, na Esquina Democrática. O ato se concentrará no local e, depois, seguirá para o Largo Zumbi dos Palmares. A estimativa é reunir a mesma quantia de participantes contabilizados pela organização do protesto realizado no dia 18: 35 mil pessoas, ou até superar esse número.
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Conforme o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), uma das entidades responsáveis pela organização do ato, Amarildo Pedro Cenci, a data é simbólica porque remete ao golpe militar, um "regime de exceção imposto à democracia brasileira":
– Temos a avaliação de que o processo de impedimento em curso contra Dilma é um golpe, porque não há nenhuma razão legal. Se as pedaladas fiscais fossem válidas, muitos prefeitos e governadores seriam punidos. Por isso, no dia 31 vamos fazer o ato que afirma a defesa dos direitos e da democracia como algo fundamental e importante para a vida no Brasil.