A presidente Dilma Rousseff divulgou nota de pesar neste domingo pelo falecimento do empresário Roger Agnelli, ex-presidente da mineradora Vale. Ele e outras seis pessoas morreram após a queda de um monomotor na tarde de sábado, em São Paulo. No texto, a presidente a cita que "foi com grande pesar" que recebeu "a notícia do falecimento do empresário Roger Agnelli, sua mulher, filhos, genro e nora, em acidente aéreo". Dilma também lembra que o ele "dedicou sua carreira a grandes empresas brasileiras" e sempre esteve "comprometido com o desenvolvimento do país".
"Perdemos um brasileiro de extraordinária visão empreendedora. Neste momento, manifestamos nossa solidariedade a seus parentes e amigos", conclui a nota assinada por Dilma.
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Roger Agnelli foi presidente da Mineradora Vale por dez anos, entre 2001 e 2010. Ele também atuou na diretoria do Bradesco e vinha trabalhando em sua própria empresa desde que deixou a mineradora. Também por meio de nota, a Vale lamentou a morte de seu ex-presidente:
"Foi com imenso pesar que a Vale recebeu a notícia do falecimento neste sábado, 20/3, de Roger Agnelli, aos 56 anos, presidente da empresa no período de julho de 2001 a maio de 2011", diz a nota. "A Vale e seus empregados se solidarizam com a dor dos familiares e amigos do executivo que tanto contribuiu para o desenvolvimento da nossa empresa."
Conforme o texto, durante os dez anos em que Agnelli presidiu a Vale, a companhia se consolidou como a maior produtora global de minério de ferro e a segunda maior mineradora do mundo. "Foi durante sua gestão que a Vale intensificou sua estratégia de expansão global, que levou a Vale a um novo patamar no mercado global de mineração", ressalta a nota.
O presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, e o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, também se manifestaram por meio de nota sobre o falecimento de Agnelli, que integrou o quadro do banco. "Lamentamos a perda de Roger Agnelli e familiares em trágico acidente. Ele integrou por muitos anos nosso corpo de executivos, período no qual manteve conduta responsável e correta. Cumpriu com êxito os desafios a ele designados, como a construção da holding Bradespar e a gestão da Vale. Agnelli teve uma existência relevante e deixa legado de trabalho sério e determinado", destacou a nota de Brandão.
Trabuco lembrou que ele e Agnelli formaram parte na mesma geração de executivos do Bradesco, além de suas qualidades como pessoa e na gestão de negócios. "Ficamos consternados com a informação da perda do Roger Agnelli e familiares. Muita tristeza e muito pesar, pois formamos parte na mesma geração de executivos do Bradesco. Continuamos tendo vínculos, depois, ao sermos contemporâneos, no Rio. O Roger no comando da Vale e, eu, na Bradesco Seguros. Foram anos de convívio sempre agradável e de aprendizado mútuo. Seu estilo expansivo no trato pessoal e resoluto na gestão dos negócios marcou um período de grandes transformações mundiais", afirmou em nota.
O presidente do Bradesco disse ainda que, na Vale, Agnelli foi "sinônimo de energia": "Fica a saudade e a lembrança, acima de tudo, de um amigo de todas as horas, um entusiasta pela vida e pelo trabalho", acrescentou no texto.
O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Junior, também divulgou nota em nome do grupo sobre o falecimento do ex-presidente da Vale, Roger Agnelli. O executivo foi membro do conselho de administração da CPFL no final dos anos 90 e início dos anos 2000.
"Em nome do Grupo CPFL Energia, lamento profundamente o infeliz acidente aéreo que vitimou ontem à tarde, em São Paulo, o empresário e ex-presidente da Vale Roger Agnelli e seus familiares, além do piloto que comandava a aeronave. Roger Agnelli foi membro do Conselho de Administração do Grupo CPFL e empresas controladas no final dos anos 90 e início dos anos 2000, quando apresentou uma contribuição relevante para o crescimento e o desenvolvimento do Grupo. Consternado, externo a todos familiares e amigos das vítimas as mais sinceras condolências e solidariedade", diz a nota.
O acidente
O acidente ocorreu logo após a decolagem, ainda nas proximidades do Aeroporto do Campo de Marte – antes, o monomotor estava estacionado no hangar da Infraero. O voo tinha como destino o Aeroporto Santos Dumont, no Rio. O avião, de prefixo PRZRA, está registrado em nome de Agnelli. O avião decolou às 15h20min e caiu três minutos depois, na altura do número 110 da Rua Frei Machado, no Jardim São Bento.
*Zero Hora com agências