Ao menos 21 pessoas morreram em decorrência das chuvas que atingiram a capital paulista e a região metropolitana de São Paulo. Segundo o Corpo de Bombeiros, por soterramento, foram quatro vítimas em Mairiporã, 11 em Francisco Morato e duas em Itapevi. Por afogamento, foram duas vítimas em Guarulhos e Cajamar. A Defesa Civil estadual registrou mais duas mortes decorrentes das inundações em Itatiba.
De acordo com a Defesa Civil, 39 pessoas morreram por causa das chuvas, em todo o Estado, desde o início da chamada Operação Verão, que começou em 1º de dezembro de 2015 e termina em 31 de março deste ano. Restam 20 dias para o final da operação. Em toda a operação anterior, que correspondeu aos meses de dezembro de 2014 até março de 2015, um total de 28 pessoas morreram devido às chuvas.
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) disse que áreas de instabilidade começaram a se formar na região de Campinas e devem atingir a capital, a partir da Zona Norte, nas próximas horas. Há potencial elevado para formação de alagamentos e deslizamentos de terra, em função do solo que permanece encharcado.
Chuvas durante a noite
No município de Mairiporã, durante a noite, um deslizamento de terra atingiu residências no bairro Parque Náutico, o que causou desabamento parcial dos imóveis e a morte de quatro pessoas. Além disso, sete pessoas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros. A corporação permanece na busca de possíveis vítimas soterradas.
Em Francisco Morato, durante a madrugada, no Jardim Sílvia, houve escorregamentos de terra, matando 11 pessoas e deixando oito feridas. Em Itapevi, duas pessoas foram atingidas por um deslizamento de encosta, foram socorridas no hospital da região, mas morreram. Em Guarulhos, uma pessoa morreu arrastada pela enxurrada. Na cidade de Cajamar, uma pessoa também foi arrastada pela correnteza e morreu.
No município de Itatiba, duas pessoas morreram vítimas de inundação. Na capital paulista, quatro pessoas ficaram feridas devido ao desabamento de uma casa no bairro Jardim Ângela.
Durante a noite de quinta-feira, no município de Franco da Rocha, houve o transbordamento do Rio Juqueri e do Ribeirão Euzébio. As águas atingiram o centro da cidade e os bairros Vila Bela, Vila Elisa, Paradinha, Nossa Senhora Aparecida, Vila Belmiro, Lago Azul, Pretória, Parque Vitória, Vila Bagu e Jardim União, deixando pessoas desabrigadas e desalojadas, sem registro de mortos, feridos ou desaparecidos.
No município de Itupeva, houve inundação nos bairros Jardim das Hortênsias, Vila São João, Jardim Alegria e Bairro da Nina, que deixou pessoas desalojadas, mas também sem registro de pessoas mortas, feridas ou desaparecidas.
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Ceagesp
Em nota, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) informou que a chuva registrada durante a noite de quinta e madrugada desta sexta-feira na capital paulista provocou alagamentos em algumas áreas internas do Entreposto Terminal São Paulo (ETSP). A situação, porém, já está normalizada, e não há registro de vítimas, segundo a companhia.
Antes das 9h, as entradas pelos portões 3, 13 e 14 foram reabertas ao acesso dos veículos para as atividades normais do mercado. A única área que ainda está interditada é a do Pavilhão das Melancias, que passa por limpeza. "Todos os produtos que foram atingidos no alagamento estão condenados e já estão sendo eliminados", informou a Ceagesp, que não divulgou volume e valor de perda.
Aeroportos
O Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, ficou fechado para pousos e decolagens das 23h50min até as 6h6min. A forte chuva alagou parte da subestação de energia do local e causou falta de luz em parte das pistas. O prédio principal e os saguões não foram afetados. Pelo menos 12 voos foram remanejados para outros aeroportos e outros seis foram cancelados, informou o terminal.
O Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, não teve o funcionamento afetado pelas chuvas, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Ele opera das 6h às 23h diariamente.