Uma rebelião no presídio de segurança máxima de Georgetown, na Guiana, chegou ao fim graças a uma trégua provisória após a morte de 17 detentos - informaram autoridades locais.
Depois de um novo surto de violência nesta instituição penitenciária nesta sexta-feira de manhã, organizou-se uma reunião entre uma comissão de 12 presos e dois ministros do governo.
Na saída, o ministro de Estado, Joseph Harmon, declarou que se havia chegado "a um acordo de cavalheiros entre as duas partes". Nele, os presos se comprometeram a "falar com os outros presos para garantir que não haja nenhuma escalada" da violência - acrescentou.
O motim começou na quarta-feira à noite, na prisão da capital, Georgetown, quando os presos tentaram atear fogo às instalações. Vários detidos sofreram queimaduras graves.
Os detentos se rebelaram contra as revistas praticadas por agentes da Polícia e do próprio presídio, que abriga condenados por homicídio. Nas revistas, foram encontrados celulares e outros objetos proibidos.
O presídio de Georgetown tem capacidade para 700 pessoas, mas hoje sofre de superlotação, com pouco mais de 1.200 detentos confinados.
A situação piorou na quinta-feira, quando vários deles quebraram as camas de madeira para atacar guardas e policiais que tentavam conter o foco de violência.
Segundo a Polícia, este é um dos piores motins da história recente da Guiana, país de 745.000 habitantes localizado na América do Sul e limítrofe com Venezuela, Brasil e Suriname.
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