Situação com refém se arrasta por mais de nove horas em Bento Gonçalves

Às 19h30min desta terça-feira, o homem que mantinha uma mulher refém desde a manhã numa residência da Rua Arlindo Franklin Barbosa, no bairro São Roque, em Bento Gonçalves, ainda não tinha se entregado. Um grande esquema policial envolvendo Brigada Militar, Polícia Civil, bombeiros, guarda de trânsito e Samu estava montado na rua desde pouco depois das 10h30min, e à tarde ganhou o reforço do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da BM.

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A BM foi acionada por volta das 10h30min, quando o homem de 33 anos - que seria foragido há mais de um ano e manteria um relacionamento com a vítima - a teria ameaçado e perseguido até o andar de cima da residência (eles moravam no térreo). As negociações começaram logo a seguir, com os policiais tentando acalmar o agressor e convencê-lo a se entregar. Três quadras adjacentes à residência foram isoladas.

- O agressor está transtornado, oscilando entre momentos de maior e menor agressividade. Chegou a lançar objetos sobre os policiais. Estamos negociando e tentando tranquilizá-lo, convencê-lo a que se entregue - relatou o capitão Diego Caetano de Souza em coletiva à imprensa.

O capitão Caetano também relatou que houve uma tentativa de invasão no início da tarde, em momento em que o homem ameaçou ferir a refém. Como ele recuou, os policiais também recuaram. A mulher não aparentava nenhuma lesão até aquele momento. Outra preocupação dos policiais era que o agressor avisou ter ligado o gás, havendo o risco de incêndio.

Na vizinhança, o clima era de preocupação. Alguns moradores próximos acompanharam a situação desde o início, de suas casas ou atrás do cordão de isolamento. O clima entre eles era de tensão. A cada nova viatura que chegava, corria de boca em boca a expectativa: agora vão invadir. Alguns estranhavam tamanha mobilização por conta de um suspeito armado apenas com uma faca, outros lembravam que uma vida estava em jogo, por isso era necessário cuidado.

Às 19h30min, as negociações continuavam.