A Justiça Federal no Rio decidiu nesta quinta-feira conceder regime de prisão domiciliar para o empreiteiro Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez. A decisão ocorre apenas um dia depois da prisão do executivo, decretada pela própria Justiça Federal do Rio, onde tramita ação penal contra ele por suspeita de pagamento de propinas nas obras de Angra 3.
O empresário foi preso pela primeira vez no dia 19 de junho de 2015 na Operação Erga Omnes, desdobramento da Lava-Jato que pegou os maiores empreiteiros do País – no mesmo dia foi preso Marcelo Bahia Odebrecht. Para se livrar do regime fechado em que se encontrava em Curitiba, base da Lava-Jato, Otávio Azevedo fechou acordo de delação premiada com a força-tarefa do Ministério Público Federal.
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Ele deverá relatar detalhes da corrupção na Petrobras e na Eletronuclear. Na sexta-feira passada, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato em primeiro grau, autorizou prisão domiciliar para o empreiteiro, sob monitoramento de tornozeleira eletrônica. Na quarta-feira desta semana, porém, o juiz federal Marcelo Bretas, do Rio, mandou prender novamente o presidente afastado da Andrade Gutierrez.
O juiz entendeu que devia se pronunciar também porque sob sua tutela corre ação penal em que foi decretada a prisão preventiva do empresário. Nesta quinta-feira, entretanto, a defesa de Otávio Azevedo ingressou na Justiça Federal do Rio com o mesmo pedido de regime domiciliar para o empresário. E o pedido foi acolhido.