O governo do Estado anunciou que quitou no fim da tarde desta sexta-feira a folha de janeiro dos 13,1% dos servidores do Poder Executivo que permaneciam pendentes. O pagamento foi possível após o Piratini reunir recursos na ordem de R$ 152 milhões. As demais faixas salariais, com remunerações até R$ 4.950,00 (correspondente a 86,9% dos servidores), haviam sido depositadas desde as primeiras horas do dia.
Para quitar os pagamentos, a Secretaria da Fazenda (Sefaz) precisou adotar outras medidas para viabilizar o pagamento em dia dos salários. A parcela da dívida com a União, no valor de R$ 275 milhões, será novamente atrasada. A Fazenda igualmente teve de postergar mais de R$ 600 milhões de contas, como pagamentos a fornecedores e terceirizados, entre outros.
Conforme a Sefaz, as dificuldades para o fechamento do mês decorrem da queda nas receitas, que vem se acentuando em razão da recessão econômica. Somado a isso, os repasses federais também vêm caindo.
O valor líquido creditado na conta dos servidores do Poder Executivo em janeiro passou de R$ 1,06 bilhão. Em dezembro, o valor líquido da folha era de R$ 970 milhões. O incremento neste mês se deve ao pagamento das férias de servidores e professores, à atualização do vale refeição, ao reajuste da segurança e à atualização da parcela completiva do magistério.
Outros R$ 55 milhões são necessários para a folha dos quadros das autarquias e fundações e R$ 120 milhões para as consignações, que devem ser pagas até o dia 12. Ao todo, são 348 mil vínculos, entre servidores ativos, inativos, pensões previdenciárias e pensões alimentícias.