Dois civis (um indonésio e um holandês) e cinco criminosos (pelo menos dois deles homens-bomba) morreram nesta quinta-feira em explosões e tiroteios no centro de Jacarta, capital da Indonésia. Outras 10 pessoas, incluindo cinco policiais e um civil estrangeiro, ficaram feridas na sequência dos atentados, qualificados inicialmente pelo presidente indonésio, Joko Widodo, como "atos de terrorismo".
"Agora a situação está sob controle", disse o porta-voz da polícia da capital indonésia, Muhamad Iqbal. A ação começou pouco depois das 10h30min (1h30min no horário de Brasília). Mais tarde, o grupo Estado Islâmico reivindicou a autoria das ações.
Os ataques tiveram como alvo sobretudo um café da rede Starbucks próximo a várias agências da ONU e embaixadas. A empresa anunciou o fechamento "até nova ordem" de todos os cafés em Jacarta.
– Escutei uma forte explosão, como um terremoto, e todos seguimos para a rua. Vimos que o Starbucks do lado havia sido destruído. Vi um estrangeiro, um ocidental, com a mão mutilada, mas vivo – completou Koestaman.
– Uma dos funcionários do Starbucks saiu correndo. Ele sangrava pelas orelhas. Todos se reuniram e um terrorista chegou e começou a atirar na nossa direção e contra o Starbucks – disse Koestaman. Ele citou uma troca de tiros com a polícia e novas explosões.
Jeremy Douglas, representante regional do escritório da ONU sobre Drogas e Crimes, disse no Twitter que uma das explosões parecia ser de um ataque suicida e que ouviu seis explosões.
Ainda de acordo com os tweets de Douglas, "pessoas no escritório acham que é um ataque parecido com o ocorrido em Paris, feito por apoiadores do Estado Islâmico".
Testemunhas citaram pelo menos seis explosões, incluindo uma que atingiu uma delegacia de polícia em uma rua muito movimentada. A polícia indonésia estava em alerta máximo durante as festas de Ano-Novo, após o anúncio do plano de atentado suicida em Jacarta.
Em dezembro, a polícia prendeu cinco pessoas suspeitas de integrar uma rede próxima ao Estado Islâmico e outras quatro vinculadas ao grupo extremista Jemaah Islamiyah, responsável por vários atentados na Indonésia. As forças de segurança apreenderam material para a fabricação de explosivos e uma bandeira inspirada no Estado Islâmico (EI).
* com agências