A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros suspeitam que um curto-circuito pode ter iniciado o incêndio que destruiu 75% de um dos lados do Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, região central de São Paulo, na tarde de segunda-feira. O relato foi feito ao órgão por funcionários da unidade cultural.
De acordo com Milton Persoli, coordenador municipal da Defesa Civil, as chamas surgiram em uma das torres do prédio.
– Eles disseram que tiraram a luminária e quando foram colocar a outra, já estava pegando fogo – disse.
Ainda segundo ele, os danos no prédio que abriga a estação parecem não ter comprometido a estrutura do prédio. Mesmo assim, as equipes que trabalham no local aguardam a chegada do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para fazer uma varredura em todo o prédio.
O Corpo de Bombeiros quer saber, por exemplo, se a movimentação dos trens pode aumentar uma trinca que surgiu na face interna do lado da Rua Mauá. O fogo atingiu a metade do prédio voltada ao Parque da Luz. Por isso, a circulação dos trens das linhas 11-Coral e 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) permanece interrompida na manhã desta terça-feira.
Segundo Persoli, a normalização "não deve acontecer tão cedo", a depender do laudo final dos engenheiros e autoridades no local. O tenente-coronel Denilson Storai, comandante do 2° Grupamento dos Bombeiros (GB), explicou que o fogo se alastrou "logo no início do incêndio". O combate às chamas durou cinco horas.
– O prédio é muito antigo, tem bastante madeira e material combustível – disse o oficial.
Segundo ele, o brigadista que morreu foi encontrado na escada da torre onde o incêndio se iniciou.
– Provavelmente foi o calor e a fumaça (que ocasionaram a morte). A situação estava grave desde o início.