Quem não quer estar com a casa arrumadinha e reformada até o Natal?! Se você não tiver dívidas, uma boa dica é usar o 13º salário para fazer isto. Neste ano, nenhum produto da reforma registrou aumento muito acima da inflação - nos últimos 12 meses, ela chegou a 10,33%, conforme o IBGE.
Os principais, como cimento, brita e areia, inclusive, aumentaram menos do que a inflação, de acordo com dados do levantamento da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (Acomac) de Porto Alegre. Piso, fios de luz, ferro e madeira tiveram os maiores aumentos, com índices um pouco acima da inflação.
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- Este ano é atípico. Em função da crise financeira, os comerciantes até aumentaram alguns preços, mas não vão extrapolar - explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre (Sticc), Gelson Santana.
Os preços mais altos aos quais Gelson se refere são de telhas e lonas. Devido à grande quantidade de chuvas nos últimos meses, muita gente precisou comprar estes produtos, e o preço disparou.
Como tirar o melhor proveito do 13º salário
O economista e educador financeiro Everton Lopes destaca que este momento é uma grande oportunidade para fazer reformas, mas com cautela:
- Não dá para arranjar o que fazer por causa disso, faça o que for necessário e aproveite, sim, os preços.
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Pechincha
Vale a pena lembrar que a primeira parcela do salário extra, paga até o dia 30 de novembro, é sempre maior do que a segunda, paga até o dia 20 de dezembro, quando vêm os descontos dos impostos. Mas atenção: Everton defende que não é bom deixar as dívidas de lado para aplicar o dinheiro na reforma. Primeiro, quite o que está devendo, depois, pense em gastar mais.
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Está com dinheiro na mão? Não se acanhe para pechinchar. Pagando à vista, é possível baixar o preço de todos os itens. Porém, não adianta parcelar em dez vezes e tentar pagar menos, sinaliza Everton. Fazer compra coletiva, também com pagamento à vista, pode ser outra forma de conseguir mais descontos.
Gelson engrossa o discurso por descontos:
- Os empresários sempre têm margem para dar desconto e não querem ficar com os produtos encalhados.
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Sem custos com a mão de obra
O pedreiro Jeferson Duarte Paiva, 24 anos, acabou perdendo a oportunidade de economizar mais na construção do muro de pedra para sua casa, no Morro da Polícia, no Bairro Aparício Borges, em Porto Alegre, por vergonha de pechinchar. Pagou, à vista e em dinheiro, 110 pedras, quatro sacos de cimento e um metro de areia usados para fazer a estrutura com mais de 2m. Ele mesmo assume que o gasto total, de R$ 430, poderia ter sido amenizado pelo desconto.
- Eu pesquisei em dois lugares e não percebi diferença de preço - conta.
Embora não tenha conseguido poupar na compra dos materiais, zerou os custos da mão de obra.
- Se a pessoa tem noção de obra, tem que fazer ela mesmo. A mão de obra está muito cara - conta ele, que estima ter poupado R$ 3 mil apenas com isso.
E as reformas na casa onde mora com a esposa, Monique, 19, e os filhos não param por aí. Com o 13º salário, quer comprar telhas e tijolos para terminar de erguer o banheiro que já está com as paredes pela metade.
- Estou tentando deixar tudo pronto até o Natal.
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