
O presidente francês, François Hollande, acusou neste sábado o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) de ser responsável pelos ataques realizados na sexta-feira em Paris, que fizeram pelo menos 128 mortos e cerca de 300 feridos.
- O que aconteceu ontem é um ato de guerra cometido por um exército terrorista, um exército jihadista, o Daesh (acrônimo em árabe de EI), contra a França. Foi organizado no Exterior e com cúmplices internos que a investigação deverá estabelecer - declarou Hollande no Eliseu.
O presidente pediu aos franceses "unidade e sangue-frio", ao mesmo tempo em que decretou o "luto nacional por três dias", na sequência dos ataques terroristas de sexta-feira.
O EI opera na Síria e no Iraque e conta com milhares de jihadistas estrangeiros, incluindo franceses, em suas fileiras. Já Paris, participa de uma coalizão internacional que realiza ataques aéreos contra os terroristas nesses dois países.
- A França será implacável - assegurou Hollande. - As forças de segurança internas e o exército estão mobilizados no mais alto nível de suas possibilidades e todos os dispositivos de segurança foram reforçados.
O presidente francês decretou luto nacional de três dias e anunciou que falará na segunda-feira ante o Parlamento francês, reunido em Versalhes, "para unir a Nação nesta provação".
Os ataques terroristas ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
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Hollande declara "estado de urgência" e fecha as fronteiras da França
Marcelo Rech: a amplificação do terror Confira o mapa dos ataques:
Atentados em Paris
Mais de cem pessoas morreram na noite desta sexta-feira, em Paris, na França, após uma série de ataques terroristas em diversos locais da capital francesa. Tiroteios e explosões ocorreram de maneira coordenada em pelo menos seis lugares, segundo o jornal Le Monde, que cita uma fonte judicial: no Boulevard Voltaire, em frente ao bar La Belle, Bataclan, na Rua de la Fontaine, no bar Carillon e no Stade de France. Pelo menos cinco terroristas foram "neutralizados" à noite. A informação foi anunciada por François Molins, procurador de Paris.
Logo após os ataques, o Itamaraty confirmou dois brasileiros entre os feridos nos atentados. Parisienses descrevem como "estado de guerra" a situação da capital francesa no momento, alertando para um possível crescimento da onda xenófoba, ultranacionalista e de extrema direita no país, que está a três semanas das eleições regionais.
O presidente francês, François Hollande, decretou estado de emergência e fechou as fronteiras do país. Moradores são aconselhados a não deixarem suas casas. Todos os locais públicos, como escolas, museus e bibliotecas, permanecerão fechados neste sábado em Paris. O presidente pediu confiança à população francesa e garantiu que as autoridades do país devem ser "duras e serenas" para "vencer os terroristas".
O presidente norte-americano Barack Obama também se pronunciou após os ataques, garantindo apoio à França e descrevendo as ações como "ataques contra a humanidade". Pelo Twitter, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff,se disse "consternada pela barbárie terrorista" e expressou seu "repúdio à violência" e "solidariedade ao povo francês".
*Zero Hora