Reivindicando reajuste salarial de 18% e a garantia dos direitos dos trabalhadores, sindicatos de cinco Estados aderiram à greve dos funcionários da Petrobras, iniciada na quinta-feira. Insatisfeitos com o índice oferecido, os trabalhadores rejeitaram a última proposta da petroleira para por fim à greve, que prevê reajuste de 8,11%.
O movimento foi iniciado pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e ganhou reforço, no domingo, das 12 entidades filiadas à Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Além do reajuste, eles também protestam contra o corte de investimentos e a venda de ativos da Petrobras. Por estar com o caixa comprometido com dívidas, a empresa está se desfazendo de parte do seu patrimônio para fazer receita. No mês passado, anunciou a venda de 49% da subsidiária de distribuição de gás natural, a Gaspetro, para a japonesa Mitsui e ainda busca sócio para a BR Distribuidora.
Participam da mobilização por tempo indeterminado os trabalhadores da Petrobras na Bahia. Segundo o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-BA), 39 unidades estão paralisadas no Estado, o que representa cerca de 85% dos funcionários da companhia na Bahia.
No Espírito Santo, aproximadamente 800 petroleiros aderiram à greve. Em Minas Gerais, os funcionários estiveram em frente à Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para convocar mais trabalhadores a aderir ao movimento.
Os Petroleiros da Bacia de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, aderiram à greve nacional, e os trabalhos em 37 plataformas estão afetados. Vinte e três estão totalmente paradas. No litoral de São Paulo, todas as unidades operacionais permanecem em greve.