Entre os mais de cem caminhões estacionados no Posto Coqueiro, às margens da BR-392, em Pelotas, há dois que se diferenciam pelas placas: são veículos uruguaios que tiveram de interromper a viagem por conta da greve brasileira.
Editorial: a greve dos caminhoneiros
Caminhoneiros impedem trânsito de veículos pesados em rodovias do RS
Caminhoneiros há quase duas décadas, os uruguaios Marcelo Nadales, 43 anos, e Jeronimo Pino, 35, saíram nesta segunda-feira do Chuy. Na carreta, levam tubos de aço que devem ser transportados até São Paulo - entrega que só será concluída quando tiver fim a mobilização dos colegas brasileiros.
Confira no mapa alguns dos pontos de concentração e de bloqueios:
Marcelo e Jeronimo foram abordados pelos manifestantes na tarde desta segunda-feira e não puderam continuar o trajeto. Mesmo com o atraso que o protesto os acarretará, eles apoiam as reivindicações dos brasileiros.
- As estradas (brasileiras) estão muito ruins. Para a gente, também é ruim, porque o que mais fazemos é trabalhar no Brasil - disse Jeronimo, que também reclamou do encarecimento dos pedágios.
Acompanhe a mobilização na BR-392 em Pelotas:
Tweets de @deboraely
A concentração de caminhoneiros em Pelotas se estende desde as primeiras horas da manhã e não tem previsão de término. Veículos de carga que passam pela BR-392 são impedidos de seguir viagem pelos manifestantes (a passagem de carros e ônibus ocorre normalmente). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que só haverá ação para liberar estradas se os bloqueios forem totais - o que não ocorreu no Rio Grande do Sul até o momento.
Veja imagens da concentração de caminhoneiros em Soledade:
* Zero Hora