A organização Al-Qaeda no Maghreb Islâmico (Aqmi) anunciou nesta sexta-feira ter assassinado, em outubro passado, dois homens suspeitos de espionagem a serviço da França no Mali - de acordo com a nota divulgada pela agência de notícias privada mauritaniana Al-Akhbar.
Os indivíduos foram identificados como "Mohamed Ag Abdellah (Kanou), morto em 9 de outubro em Bir (Mali), e Fajr Ag Sidi Mohamed, morto na quinta-feira de 19 de outubro de 2015 em seu esconderijo em Burje Al-Barajina, na Argélia", completa a nota.
A Al-Akhbar é um dos veículos de comunicação privados mauritanianos que divulgam, regularmente, comunicados da Aqmi e de outras organizações radicais, que nunca são desmentidos.
Segundo a agência, os dois eram tuaregues originários do norte do Mali. Ambos foram acusados pela Aqmi "de espionagem para a França", país militarmente envolvido no Mali desde a deflagração, em janeiro de 2013, de uma operação internacional contra grupos extremistas.
Os dois homens assassinados "coletavam informações sobre suas posições para, em seguida, fornecê-las aos franceses" no Mali, alegou a Aqmi em seu comunicado, acusando ambos de terem matado alguns de seus combatentes.
Na nota, a Aqmi também ameaça continuar a "rastrear quem colabora com os franceses, ou com outros apóstatas".
Em setembro de 2014, cinco tuaregues de uma mesma família foram sequestrados perto de Tombouctou (noroeste do Mali) por homens armados. Uma semana depois, quatro foram libertados, e o quinto, decapitado.
O que foi assassinado era acusado pela Aqmi "de ser um informante" das tropas francesas e da Minusma, a missão da ONU no país, de acordo com um membro de sua família.
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