O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, afirmou, em nota, que a presidente Dilma Rousseff tenta salvar o seu mandato com uma reforma ministerial "pífia" e expõe a prática do PT em lotear o governo em troca de apoio.
"A reforma administrativa é atrasada e pífia diante da gravidade da crise econômica e revela também que o objetivo principal da presidente Dilma Rousseff é tentar salvar o seu mandato e aprovar o pacote de arrocho fiscal contra a sociedade", diz.
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Nesta sexta-feira, Dilma anunciou o corte de oito pastas e outras medidas para enxugar a máquina do governo, como a redução nos salários de todos os ministros em 10% e o corte de 3 mil cargos comissionados. A previsão inicial era que a presidente cortasse 10 ministérios.
"O governo anunciou semanas atrás que seriam cortados 10 dos 39 ministérios e, no final das contas, cortou oito. Anunciou que vai cortar cargos comissionados e despesas de custeio, mas não disse qual será a economia total, quando e de que forma isso será feito", critica o tucano.
Para Sampaio, a busca de governabilidade por meio de troca de cargos é uma forma de loteamento e a reforma anunciada foi apenas um "puxadinho".
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"O fato é que essa reforma expõe a já notabilizada prática dos governos do PT, de Lula e Dilma, de lotear o governo", diz.
O tucano diz ainda que, no momento, por causa da baixa popularidade da presidente, ela tenta salvar o seu mandato.
"É evidente que o objetivo principal das medidas anunciadas hoje é tentar salvar o seu mandato. Entre uma reforma mais profunda, que é o que este momento de crise aguda exige e a sociedade espera, a presidente optou por um 'puxadinho'", completou.
Segundo Sampaio, o governo quer tentar aprovar mais "um pacote de arrocho fiscal" ao reorganizar sua base no Congresso e reafirmou que trabalhará para evitar novos impostos, como a CPMF.
"Sempre será assim: entre os interesses do Brasil e os dela e do PT, a presidente ficará com o segundo. E aos brasileiros restará pagar a maior parte do prejuízo causado pela incompetência e inoperância petista. Vamos tentar impedir a aprovação de qualquer aumento de impostos", disse.
*Estadão Conteúdo